Torcida e desabafo

Tenho certeza de que a mamãe vai ficar brava com esse post. Desculpa, mãe. Sei que é falta de educação, que eu ainda sou muito novinho, que eu tenho que respeitar o papai, mas é papo de homem.
Uma das fotos é de um momento importante na vida de qualquer garoto. A primeira vez em que pai e filho foram a um campo de futebol. Nesse caso foi futebol americano. Fomos assistir a um jogo do meu "prirmão", o Rafa. Adorei. O time dele, o Lancers, é verde e branco, o que facilita a minha torcida.
A segunda foto, com a qualidade ruim porque foi tirada no celular, é de um "desabafo". Em outra oportunidade, o meu pai ficou tirando sarro porque o meu time estava perdendo. Não resisti. Ali não eram pai e filho, eram torcedores rivais. Espero que não tirem o meu blog do ar por publicar uma foto assim.
Onde eu aprendi? Tem coisas que um torcedor nasce sabendo.

Quebra aê, quebra aê!

Ninguém vai me convencer de que não moro em Salvador, Bahia.
Explico como cheguei a essa conclusão: aqui é carnaval o ano todo. Só festa.
Olha só quem chegou... Meus avós!
O vovô Leonel e a vovó Neuza.
No aeroporto, assim que a gente se encontrou, o vovô até chorou. Ele devia estar com fome ou com cocô. Não consigo imaginar outra razão para chorar.
A vovó é uma parceirona e tanto no meu soninho da manhã. Eu tomo o maior cuidado pra não fazer barulho e ela acordar.
Ela troca umas letrinhas quando fala: "Vem no tolinho da bobó!"
O papai diz que ela vai deixar a tia Gisele louquinha.
Quanto ao vovô, vocês não imaginam o que eu dou de risada com o bigode dele. Chego a perder o fôlego.
Está muito divertido.
Pena que eles vão ficar pouquinho. Podiam mudar de idéia, né?

Obrigado!

Hoje é dia de choradeira. Não minha, porque homem não chora. O vovô e a vovó vão embora. Achei que a casa deles era aqui, mas eles disseram que tem outra casa lá no Brasil. Eles ficaram aqui 4 meses. Tomaram conta de mim todos os dias.
O vovô fala: "sem solá!". Eu morro de rir quando ele fala assim. É engraçado. Acho que ele quer falar "sem chorar!" e não consegue. Um dia eu ensino para você, vô.
E a vovó? Não vou esquecer nunca as 10.452.376 vezes que ela repetiu "angú, vovó". Teve paciência para falar isso até eu aprender. Vó, eu também adoro a música do Zé Corneteiro.
Obrigado por cada segundinho que vocês ficaram comigo e por cada risada que vocês me fizeram dar. Gostei de ficar no colo fofinho do meu vô pra assistir a TV (no final já não estava tão fofinho assim). Adorei os passeios todas as manhãs. Foi demais brincar na água enquanto você me dava banho, vó.
Quando eu for "Governador de New Jersey" eu vou agradecer vocês no discurso da minha posse. Vou com a minha jaqueta jeans, o que vocês acham?
Como bom político que sou, eu prometo que logo, logo a gente vai estar junto de novo. Amo vocês.

Rei Arthur

Meu primo, o Rafael, veio me visitar. É o primeiro primo que eu conheço pessoalmente. Chegou aqui, como diria minha avó, todo "pimpão". Tinha até razão pra isso. Ele é campeão brasileiro, sul-americano e terceiro no campeonato mundial de jiu-jitsu. Bom, tive logo que mostrar que por aqui a banda que toca é outra. Vesti o quimono que ele me trouxe de presente, a minha faixa preta e botei logo pra dormir. Finalizei, como comprovado e registrado na foto, com uma arm-lock (chave de braço). A luta foi pela "Copa do Rei". Não adianta chorar Rafa, o Rei Arthur chegou para ficar. Gabriel e Theo, se liguem, vocês são os próximos.